Perguntas Frequentes

Para avançar no tema da avaliação de professores, é preciso dialogar com os profissionais da educação. Identificar os principais desafios, riscos e potencialidades é fundamental para que a avaliação cumpra os seus principais objetivos: valorizar a profissão docente e contribuir para a melhoria da educação básica.

Aqui, reunimos discussões importantes sobre o assunto, desde as mais simples até as mais complexas. Confira cada uma e venha fazer parte deste debate!
1. O que é um sistema de avaliação de docentes?
Um sistema de avaliação de docentes é geralmente executado por atores externos e costuma articular, de maneira formalizada, a aplicação de instrumentos avaliativos e seus resultados a, por exemplo, políticas de incentivo, formação e progressão de carreira de professores. Isso porque a avaliação em si é somente um instrumento que deve servir à gestão educacional e ao processo de ensino e aprendizagem. Portanto, é importante ter em mente que muitas críticas direcionadas à avaliação educacional não dizem necessariamente respeito ao ato de avaliar, mas ao mau uso dos instrumentos e dos resultados gerados a partir da sua aplicação.

Sendo assim, a composição de um sistema de avaliação de docentes que destaque seus pressupostos e objetivos, de forma explícita e com amparo na legislação, é fundamental para que a avaliação alcance os objetivos esperados: apoio à atuação do professor, com foco no desenvolvimento docente, e melhoria da educação ofertada.
2. O que são instrumentos de avaliação e como eles podem ser utilizados para apoiar o trabalho docente?
Os instrumentos de avaliação nos permitem verificar se alguém já desenvolveu determinadas habilidades ou competências. Geralmente, nos testes mais tradicionais, os instrumentos avaliativos são os itens de resposta selecionada, também conhecidos como questões de múltipla-escolha ou fechadas, ou itens de resposta construída, também conhecidos como questões abertas. Quando alguém tenta resolver itens como esses, conseguimos verificar, a partir da resposta que foi dada, o grau de desenvolvimento do indivíduo em relação a alguma habilidade ou competência. Por isso, resultados de avaliações educacionais servem de subsídio à melhoria da gestão educacional do processo de ensino e aprendizagem.

Há diversos instrumentos de avaliação disponíveis e cada um possui suas potencialidades e limitações. Em uma avaliação de docentes, é importante diversificar o uso dos instrumentos, para que sejamos capazes de contemplar diferentes dimensões da prática profissional. Portfólios, entrevistas, questionários e técnicas de observação e registro devem somar-se aos instrumentos mais tradicionais. Isso porque a prática docente é complexa e envolve a capacidade de mobilizar diferentes saberes, que vão além do domínio do conteúdo a ser ensinado.

Um portfólio, por exemplo, pode fornecer informações referentes a alguma experiência ou prática educacional vivenciada pelo professor ou pela professora, tanto no que diz respeito ao sucesso alcançado quanto a possíveis obstáculos enfrentados. Essas informações podem guiar a gestão no desenvolvimento e na implementação de políticas de apoio a determinadas práticas docentes. 

Além disso, esses instrumentos também permitem que o próprio profissional realize reflexões sobre o seu trabalho. Com isso, o processo avaliativo também pode ser uma oportunidade para o indivíduo refletir sobre as suas práticas e se tornar mais consciente de seus êxitos e de suas dificuldades.
3. Quais os principais desafios que um projeto de avaliação de docentes pode enfrentar?
Em nossas pesquisas e conversas com profissionais da educação, um dos desafios mais citado tem sido a resistência de professores à avaliação. Se, em uma avaliação de estudantes, professores podem sentir que seu trabalho está sendo julgado e colocado em xeque, esse sentimento pode se intensificar em um processo no qual eles são o público avaliado, como na avaliação de docentes. 

A resistência costuma estar bastante relacionada a outro desafio presente na maioria das políticas públicas, que é o alinhamento entre os diferentes atores e instâncias envolvidos desde o seu desenho até a sua implementação. Quanto mais a rede estiver alinhada em relação à proposta de uma política, maiores as chances de ser colocada em prática com sucesso.

Portanto, é fundamental envolver diferentes instâncias e os próprios professores e professoras no desenho e na implementação de um sistema de avaliação de docentes, de modo que toda a rede se sinta contemplada. Ademais, é importante explicitar as etapas, os pressupostos e os objetivos da avaliação de docentes que se deseja aplicar, de modo a evidenciar que o seu objetivo é apoiar e valorizar o trabalho do professor e da professora. Isso implica, por sua vez, um esforço de comunicação eficiente por parte da rede de ensino.

Outro ponto que tem sido ressaltado é a formação de profissionais para a aplicação e realização da avaliação. Isso significa capacitar aplicadores e corretores de testes, técnicos e gestores da rede para a leitura e interpretação dos resultados e professores para a realização de instrumentos mais complexos, como o portfólio, e também para a posterior compreensão dos resultados alcançados.

Formação é algo fundamental e que deve ser levado em conta nas duas pontas do processo avaliativo: na capacitação para a realização da avaliação e no desenvolvimento de habilidades e competências que os professores ainda demonstram maiores dificuldades. Esses dois tipos de formação têm sido apontados como desafiadores e imprescindíveis para o sucesso de um sistema de avaliação de docentes.

Por fim, outro ponto de destaque diz respeito à escolha dos instrumentos que irão compor a avaliação. Essa decisão tem impacto na qualidade dos resultados obtidos e pode evitar possíveis conflitos entre avaliação discente e docente. Diferenciar os dois tipos de avaliação é essencial para que seja feito um uso adequado de cada uma.
4. Em uma avaliação de docentes da educação básica, quais cuidados são necessários em relação especificamente aos componentes Língua Portuguesa e Matemática?
Em Matemática, a partir dos diálogos que temos estabelecido com docentes da área, percebemos uma ênfase à necessidade de se avaliar não apenas o que o profissional sabe e o que não sabe em termos de “conhecimento do conteúdo”. Sugere-se, também, um olhar atento às concepções desses professores sobre o ensino da Matemática, de modo a superar paradigmas que marcam o seu “saber fazer” e o seu “saber agir”.  Nesse sentido, o portfólio pode ser um momento importante de reflexão sobre a formação, as posturas e os olhares desse profissional em relação ao ensino da Matemática. Por exemplo, é comum que professores tenham posições céticas acerca do pensamento computacional e das metodologias ativas, que são demandas formuladas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Matemática. Sendo assim, a avaliação docente poderia ser um estímulo para que professores superem paradigmas que dificultam a adoção de práticas e saberes importantes e se atualizem mais em relação às demandas atuais.

No que diz respeito à Língua Portuguesa, professores têm ressaltado que o componente costuma concentrar muitas atividades articuladoras em projetos com outros da área de Linguagens. Isso pode pode fazer com que a avaliação do professor ou da professora de Língua Portuguesa tenha demandas que extrapolam seu campo de atuação e conhecimento, o que exige cuidado e foco na escolha e na construção do instrumento a ser utilizado.

Além disso, professores têm mencionado diferenças na apropriação das novas propostas de ensino da língua a partir da BNCC, principalmente quando se observa profissionais de gerações diferentes, como no caso da Matemática. O tradicional ensino da língua portuguesa, a partir da gramática prescritiva, e o da literatura nacional, fundamentado no estudo de autores e obras situados em movimentos literários, passaram por grandes transformações a partir da BNCC. Em seu lugar, encontramos hoje propostas de estudos linguísticos em perspectivas contemporâneas e a estudos literários com recortes temáticos, abordagens transversais, interdisciplinares e transnacionais. Portanto, a definição dos referenciais a serem alcançados, bem como a própria construção da matriz de referência, devem contar com a participação de professores das redes, de forma transparente e com ampla divulgação. Isso porque a avaliação de docentes não pode ser uma forma de penalizar professores que ainda não se atualizaram à BNCC, mas uma oportunidade para que possam fazê-lo de forma gradual e voluntária.
5. Um sistema de avaliação de docentes é sempre o mesmo ou deve se adaptar à realidade de cada rede de ensino?
Em nossas conversas, professores têm destacado a necessidade de que os sistemas de avaliação de docentes se adaptem às diferentes realidades das redes de ensino. Isso diz respeito, por exemplo, à necessidade de articulação com os programas de formação de professores, a estrutura de progressão na carreira e a legislação de bônus e incentivos, que podem variar de acordo com a rede. Questões logísticas, como em regiões mais afastadas e de difícil acesso, também podem influenciar a escolha dos instrumentos avaliativos.

Ao mesmo tempo, observa-se a necessidade de algum tipo de padronização, que tenha como base modelos de sistemas de avaliação de docentes considerados bem-sucedidos e que levem em conta fatores imprescindíveis como transparência, objetividade e respeito aos direitos dos profissionais.
6. O que deve ser levado em conta na divulgação dos resultados de uma avaliação de docentes?
A divulgação dos resultados de uma avaliação de docentes deve ter como foco gestores da Secretaria de Educação e o próprio professor ou professora. Divulgar resultados individuais para colegas, sejam de uma mesma unidade escolar ou não, vai de encontro ao direito à privacidade do profissional, além de gerar constrangimentos e sentimentos competitivos que não servem ao propósito da avaliação. Sendo assim, o acesso aos resultados individuais jamais deve ser público.

Por outro lado, resultados agregados, isto é, que dizem respeito ao universo docente como um todo e não distinguem os profissionais individualmente, são passíveis de se tornarem públicos. Resultados agregados permitem que os profissionais conheçam melhor a rede onde atuam e possam situar seus próprios resultados em relação à média geral.
7. Como que o uso dos resultados de uma avaliação de professores pode apoiar o trabalho docente e contribuir para a melhoria da educação?
No nível da Secretaria, a apropriação dos resultados é importante para que seja possível identificar as dificuldades e as potencialidades do professor ou da professora, de modo a promover ações formativas que possam contribuir para a melhoria do trabalho realizado pelo profissional. Além disso, os resultados podem servir de insumo à progressão da carreira docente.

O uso dos resultados pelo próprio professor ou professora, por sua vez, é fundamental para que o processo seja transparente e o profissional possa refletir sobre a sua formação e avaliar o trabalho que vem executando, estando mais ciente sobre quais práticas têm gerado bons resultados e quais ainda podem ser aperfeiçoadas.
8. O que deve ser levado em conta na divulgação dos resultados de uma avaliação de docentes?
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9. Como que o uso dos resultados de uma avaliação de professores pode apoiar o trabalho docente e contribuir para a melhoria da educação?
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10. Quais riscos devem ser levados em conta para o desenvolvimento de um sistema de avaliação de docentes na educação básica? 
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